Ex-astro do futebol americano Chad Bratzke conhece equipe Weilers de Ribeirão Preto

O time amador de futebol americano Rio Preto Weilers aproveitou a visita do ex-jogador Chad Bratzke, 38 anos, a Rio Preto, para aprender um pouco sobre o esporte número 1 dos Estados Unidos. “É uma presença ilustre, de credibilidade por todo tempo que ele jogou na Liga Norte-Americana (NFL) e além disso foi uma realização pessoal para cada um de nós por conhecê-lo”, afirmou Ivan Conrado, 22 anos, que administra e comanda os treinamentos do time ao lado de André Petreca, 22 e Vladimir Bovarote 25.


O encontro aconteceu mês passado, no campo do Jardim Tangará, aonde os jogadores fazem treinos táticos e coletivos. Chad Bratzke namora a rio-pretense Érika Richa. Foi defensor do New York Giants, de 1994 a 1998, e no Indianapolis Colts, de 1999 a 2003, e veio conhecer Rio Preto, onde pretende morar futuramente. “Ele nos passou muitas orientações de posicionamento, formas de fazer uma defesa, que era sua especialidade, e depois participou do coletivo”, contou Conrado.

O Rio Preto Wailers conta atualmente com um elenco de 25 jogadores e tem como meta chegar a pelo menos 40 atletas dispostos a jogar pelo time. Os testes são abertos para maiores de 18 anos e acontecem no primeiro e terceiro sábado de cada mês. “Depois queremos nos organizar na parte administrativa, para formar uma associação e nos filiarmos a Afab (Associação de Futebol Americano do Brasil)”, disse Conrado.

O time começou de um grupo de amigos apaixonados pelo futebol americano, no final de 2007, com o nome de Spartans. Hoje, ganhou mais adeptos e planeja fazer pelo menos dois jogos amistosos até o final do ano. As empresas Lumavi Luminárias, Desani Bijoterias, Akah Desing Gráfico e Web e Academia Nova Fitness estão patrocinando o time que já conta com uniformes de treino e jogo, materiais de treinamento e um site em construção.

“É como uma associação e cada um contribui com uma taxa mensal (R$ 20) para ajudar nos gastos. Na Nova Fitnesse treinamos de segunda, quarta e sexta-feira”, emendou Conrado, que calcula ser necessário um investimento inicial de R$ 45 mil para compra dos materiais de segurança. O kit com capacete e o protetor de ombro e tórax custa em média R$ 1 mil. “Precisamos de apoio no transporte e alimentação para as viagens nos jogos amistosos.”

Esporte começa no século 19

O marco inicial do futebol americano se dá no ano de 1867, com o duelo entre as universidades de Harvard e de Yale, de Mackenzie, em uma série melhor de três, onde as regras ainda não eram definidas por uma única entidade. As normas do rugby e do futebol europeu serviam de modelo.

Em 1876, as escolas de Yale, Harvard, Princeton e Columbia fundaram a Associação de Futebol Inter-universitária (IFA), usando regras do rugby, com exceção ao sistema de pontuação. A evolução foi constante, definiu o número de jogadores a 11 para cada lado e, no ano de 1892 entrou o sistema de downs. O esporte era violento e registrou 18 mortes em 1905. Até o presidente norte-americano Roosevelt interveio para que o jogo se tornasse mais seguro, o que aconteceu cinco anos mais tarde, com o fim das formações ‘entrecruzadas’.

Em 1912, foram feitos reajustes nas dimensões do campo, o touchdown passou a valer seis pontos e foi acrescentado o quarto down. Na década de 90, o futebol americano superou o beisebol e se tornou o esporte mais popular nos Estados Unidos. A final da National Football League (NFL), o Super Bowl, é assistida ao vivo por pelo menos metade das tvs da população norte-americana. Atualmente, NFL, fundada em 1922, é disputada por 32 equipes.